O Que São Cistos no Fígado?
Cistos hepáticos são pequenos sacos ou bolhas com líquido no interior que se formam no fígado.
A maioria dos cistos é benigna, o que significa que não são câncer. Geralmente não causam problemas ou sintomas.
O conteúdo do cisto pode ser sangue, pus, soro ou qualquer outro líquido.
Esses cistos são comuns, encontrados em até 20% dos exames de check up, quando feitos por outros motivos.
Embora a maioria dos cistos no fígado não precise de tratamento, alguns podem causar sintomas e precisam de cuidados médicos.

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Causas dos Cistos no Fígado
As causas dos cistos no fígado nem sempre são claras. Muitas vezes, eles são congênitos, o que significa que a pessoa já nasce com eles.
Outras causas podem incluir infecções, doenças hereditárias que predispõem seu aparecimento ou até mesmo o crescimento anormal de células no fígado.
Na maioria dos casos, os cistos não têm uma causa específica e não representam risco grave à saúde.
Sintomas dos Cistos no Fígado
A maioria dos cistos no fígado não causa sintomas, e as pessoas nem sabem que têm um. No entanto, quando os cistos crescem muito, eles podem causar desconforto.
Os sintomas podem incluir:
- Dor ou desconforto na parte superior direita do abdômen
- Sensação de plenitude no estômago
- Raramente, náuseas, vômitos, dificuldade para comer ou inchaço na barriga
Se você estiver com esses sintomas, pode ser importante consultar seu médico para uma avaliação.

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Tipos de Cistos no Fígado
O tipo mais comum é o cisto simples, que geralmente não causa problemas e não precisam de tratamento.
Outros tipos incluem:
- Cistos hepáticos policísticos: relacionados a doenças genéticas policística, com ou sem associação com cistos nos rins.
- Cistos hidáticos: causados por parasitas
- Cistoadenomas: cistos benignos que podem, em casos raros, se tornar malignos.
- Peliose hepática é uma condição rara em que se formam espaços cheios de sangue (cavidades) dentro do fígado. Essas cavidades podem variar em tamanho e número e, em casos graves, podem causar sangramentos internos.
- Cistos ciliados estão relacionados ao desenvolvimento embrionário anormal. Eles são raros e benignos. Podem necessitar de tratamento quando sintomáticos ou ao sofrerem malignização.
Cada tipo de cisto tem características diferentes, e o tratamento depende dos sintomas e do risco para o paciente.
Quando Consultar o Médico
Você deve consultar o médico se sentir dor persistente no abdômen, especialmente na parte superior direita, ou sentir uma sensação de plenitude constante.
Além disso, pode ser importante ter certeza que o diagnóstico está correto e que está certa a identificação do tipo de cisto.
Por último, pode ser importante fazer check-ups regulares, especialmente se você souber que tem cistos no fígado, para garantir que eles não estão crescendo ou causando problemas. Converse com isto com a equipe médica.
Qual médico é especialista em cisto no fígado
O médico especializado em cisto hepático é o cirurgia geral ou cirurgião do aparelho digestivo.
Diagnóstico dos Cistos no Fígado
Os cistos no fígado geralmente são descobertos durante exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, feitos por outras razões.
Se um cisto for detectado, o médico pode solicitar mais exames para confirmar que ele é benigno. Em casos raros, pode ser necessário fazer uma ressonância magnética.
Esses exames ajudam a garantir que o cisto não está crescendo e mudando de forma de maneira preocupante.
Tratamento dos Cistos no Fígado
A maioria dos cistos no fígado não requer tratamento. Quando o cisto não causa sintomas, o médico pode apenas acompanhar com exames regulares para garantir que ele não esteja crescendo.
Se o cisto causar sintomas, pode ser necessário removê-lo. Isso pode ser feito por drenagem (retirar o líquido do cisto) ou cirurgia.

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Cirurgia para Cistos no Fígado
Se o cisto estiver causando dor, desconforto, ou outros sintomas diretamente devido ao cistos, a cirurgia pode ser recomendada.
Existem duas formas principais de cirurgia para remover cistos no fígado.
- Cirurgia Laparoscópica ou robótica: Nesta cirurgia, o médico faz pequenas incisões e usa instrumentos especiais para remover o cisto. Este tipo de cirurgia é menos invasiva e a recuperação é mais rápida.
- Cirurgia Aberta: Em casos mais complexos, pode ser necessário fazer uma cirurgia aberta, onde o médico faz uma incisão maior para remover o cisto.
Em alguns casos o cisto deve ser completamente removido junto com uma porção do fígado. Em outros casos, uma porção do cisto é retirada para exame, confirmação do diagnóstico, retirada de todo o liquido e alívio dos sintomas. Esta última estratégia é conhecido como destelhamento do cisto.

Recuperação da Cirurgia
A recuperação da cirurgia para remover cistos no fígado depende do tipo de cirurgia realizada. Na cirurgia laparoscópica, a recuperação é mais rápida, e o paciente geralmente pode voltar às atividades normais em poucas semanas.
Já na cirurgia aberta, a recuperação pode levar mais tempo, com algumas semanas de repouso e acompanhamento médico.
Em ambos os casos, é importante seguir as orientações do médico para garantir uma recuperação tranquila.
O preparo e a recuperação da cirurgia de cisto no fígado
Como em qualquer procedimento cirúrgico existem riscos e são necessários alguns cuidados para um resultado excepcional da cirurgia.
Entendemos que na maioria das vezes o destelhamento de um cisto hepático é um procedimento de médio porte, que em pacientes com ausência de outras doenças costuma ter uma recuperação rápida, risco baixo e um alto índice de satisfação com o resultado final.
Recomendamos a realização desta cirurgia em ambiente hospitalar apropriado, com equipe anestésica capacitada, presença de ao menos dois cirurgiões experientes, bem treinados, capacitados e atualizados ao lado de um instrumentador cirúrgico.
A internação acontece geralmente no dia da cirurgia. Na maioria dos casos não é necessário raspar totalmente os pelos da barriga. O jejum deve ser de pelo menos 8 horas antes da anestesia.
Os antibióticos são usados caso a caso e em dose única imediatamente antes da cirurgia começar.
Alguns pacientes que usam medicamentos necessitam de orientação personalizada de como proceder na véspera e no dia da cirurgia.
Individualizamos os exames pré-operatórios requeridos de acordo com idade e condições de saúde. Estes exames devem ser dos últimos seis meses e precisam ser trazidos no dia da cirurgia.
A cirurgia e a anestesia geralmente duram uma hora. Usamos injeção de anestésico local no final do procedimento para o melhor conforto na recuperação.
O paciente fica, a seguir, cerca de 8 horas no hospital, vai para a casa caminhando e sem restrições de dieta geralmente no mesmo dia da cirurgia.
Não usamos drenos. Os curativos e os cuidados com os cortes são simples. Usamos pontos embaixo da pele que não serão removidos.
Cuidados em casa após a cirurgia de cisto hepático
A cobertura de plástico dos cortes da laparoscopia ou robótica pode ser removida ao chegar em casa, geralmente no primeiro banho. Pequenos adesivinhos, chamados steristrips, cobrem cada um dos pequenos cortes. Perderão a cola e cairão em 2-3 semanas após a cirurgia.
O tempo esperado para recuperação em casa é curto. Recomendamos repouso relativo e uso de analgésicos simples em comprimidos nos dias iniciais.
O paciente não precisa de afastamento prolongado do trabalho ou restrição de suas atividades. Não existem restrições de movimento. Pode-se dirigir assim que não haja dor, inchaços ou desconfortos no local e não se use remédios.
É extremamente importante evitar esforços como levantar objetos pesados do chão ou carregar grandes pesos durante alguns dias após a realização desta cirurgia, para que a cicatrização seja adequada e a região operada possa suportar maior esforço.
A quantidade de tempo sem atividade física varia caso a caso, a depender da técnica cirúrgica utilizada, da intensidade e tipo de atividade física.
Também não há necessidade de manter uma dieta específica para o pós-operatório da cirurgia de cisto hepático.
Após o procedimento cirúrgico manteremos contato constantemente (presencial e online).
Teremos encontros agendados para entender sua recuperação, examinar os cortes e avaliar o progresso até que você esteja sem dor e sem medicação, com cicatrização avançada e de volta a todas as suas atividades.