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Cistos no pâncreas: o que são, quais são as causas, os sintomas, como se confirma o diagnóstico, detalhes do tratamento, das cirurgias e da sua recuperação

Atualizado em: 26/03/2025

O que são cistos no pâncreas?

Cistos no pâncreas ou cistos pancreáticos são bolsas cheias de líquido que se formam no pâncreas. Alguns cistos são benignos e não causam problemas, enquanto outros podem se tornar malignos e exigir tratamento.

Esses cistos podem ser descobertos por acaso durante exames de imagem feitos por outras razões. Nem sempre causam sintomas, mas é importante monitorá-los para garantir que não se tornem graves.

Sobre o autor deste texto
Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM: 143.673-SP
Atuo há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo e hoje me concentro principalmente no tratamento de hérnias da parede abdominal, do refluxo gastroesofageano e dos problemas do fígado, do pâncreas e das vias biliares.
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Causas de cistos no pâncreas

Cistos no pâncreas são bolsas cheias de líquido que se formam no pâncreas. Alguns cistos são benignos e não causam problemas, enquanto outros podem se tornar malignos e exigir tratamento.

Esses cistos podem ser descobertos por acaso durante exames de imagem feitos por outras razões. Nem sempre causam sintomas, mas é importante monitorá-los para garantir que não se tornem graves.

Sintomas de cistos no pâncreas

Nem todos os cistos de pâncreas causam sintomas. Quando causam, os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor abdominal: especialmente na parte superior do abdômen.
  • Inchaço ou sensação de plenitude após comer.
  • Náusea e vômito.

Em casos mais graves, o cisto pode comprimir outros órgãos, causando mais dor ou desconforto.

Tipos de cistos no pâncrea

Existem vários tipos de cistos pancreáticos, sendo os mais comuns:

  • Cistos Simples: Geralmente não causam sintomas e raramente se tornam malignos.
  • Cistoadenoma Seroso: São benignos, de crescimento lento e só precisarão de tratamento em caso de sintomas.
  • Cistoadenoma Mucinoso: Pode se transformar em câncer se não for tratado. Necessitam de acompanhamento e investigação mais aprofundada.
  • IPMN: Alguns destes cistos podem se transformar em câncer. Necessitarão de investigação personalizada e de acompanhamento de longo prazo
  • Pseudocistos: Geralmente causados por pancreatite e cheios de líquido digestivo.

 Cada tipo de cisto tem características diferentes, e o tratamento depende dos sintomas e do risco para o paciente.

Sobre o autor deste texto
Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM: 143.673-SP
Atuo há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo e hoje me concentro principalmente no tratamento de hérnias da parede abdominal, do refluxo gastroesofageano e dos problemas do fígado, do pâncreas e das vias biliares.
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Diagnóstico de cisto no pâncreas

Os cistos no pâncreas são diagnosticados através de exames de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada,  ressonância magnética, ecoendoscopia ou, raramente, punção do cisto no pâncreas.

Quando consultar um médico

Você deve consultar o médico se sentir dor persistente no abdômen ou sintomas como inchaço, náusea ou perda de apetite, consulte um médico especialista.

Em muitos casos é importante ter certeza que o diagnóstico está correto,  que está certa a identificação do tipo de cisto (ou pseudocisto) e sobre a necessidade de tratamento e/ou acompanhamento.

Gosto de ressaltar que os Cistos no pâncreas podem ser silenciosos. Alguns podem precisar de tratamento para evitar complicações e necessitam de tratamento mesmo sem sintomas. 

Por último, pode ser  importante fazer check-ups regulares, especialmente se você souber que tem cistos no pâncreas, para garantir que eles não estão crescendo ou causando problemas. Converse sobre isto com a equipe médica.

Qual médico é especialista em cisto de pâncreas?

O médico especializado em cisto no pâncreas é o cirurgião geral ou cirurgião do aparelho digestivo.

Tratamento de cistos no pâncreas

O tratamento depende do tipo, tamanho e risco do cisto. Cistos pequenos e sem sintomas podem apenas ser monitorados com exames regulares.

Para cistos maiores ou com risco de se tornarem malignos, pode ser necessário drenar o cisto ou removê-lo cirurgicamente.

Cirurgia para cistos no pâncreas

A cirurgia para remover cistos no pâncreas pode ser feita de duas formas principais:

  • Cirurgia Minimamente Invasiva (Laparoscopia): Menos agressiva, com recuperação mais rápida.
  • Cirurgia Aberta: Usada para cistos maiores ou em áreas de difícil acesso, com recuperação mais lenta.

Recuperação da Cirurgia

A recuperação da cirurgia para remover cistos no pâncreas depende do tipo de cirurgia realizada. Na cirurgia laparoscópica ou robótica, a recuperação é mais rápida, e o paciente geralmente pode voltar às atividades normais em poucas semanas.

Já na cirurgia aberta, a recuperação pode levar mais tempo, com algumas semanas de repouso e acompanhamento médico.

A recuperação depende muito do tamanho do cisto e sua localização. Em alguns casos, os cistos são drenados internamente para outros órgãos, geralmente o intestino.

Na maioria dos casos, a remoção do cisto envolve também a retirada de uma porção do pâncreas, com ou sem outros órgãos que estão próximos e recebem os mesmos vasos sanguíneos na região.

A cirurgia na cabeça do pâncreas (duodenopancreatectomia) no lado direito do pâncreas é o maior procedimento  e que requer maior cuidado e complexidade no cuidado. Envolve a retirada de porção do intestino, do estómago e do canal da bile.

A cirurgia no corpo do pâncreas (pancreatectomia distal ou caudal) no lado esquerdo do pâncreas pode envolver a retirada de porção do baço.

Em todos os casos, é importante seguir as orientações do médico para garantir uma recuperação segura e um bom resultado.

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O preparo e a recuperação da cirurgia de cisto no pâncreas

Como em qualquer procedimento cirúrgico existem riscos e são necessários alguns cuidados para um resultado excepcional da cirurgia.

Entendemos que na maioria das vezes o tratamento cirúrgico de um cisto de pâncreas  é um procedimento de grande porte, que em pacientes com ausência de outras doenças costuma ter uma boa recuperação rápida, risco moderado e um com um alto índice de satisfação com o resultado final.

Em alguns casos pode ser necessário vacinação preventiva antes da remoção do cisto de pâncreas, junto com o baço.

Recomendamos a realização desta cirurgia em ambiente hospitalar apropriado, com equipe anestésica capacitada, presença de ao menos dois cirurgiões experientes, bem treinados, capacitados e atualizados ao lado de um instrumentador cirúrgico.

A internação acontece geralmente no dia da cirurgia. Na maioria dos casos não é necessário raspar totalmente os pelos da barriga. O jejum deve ser de pelo menos 8 horas antes da anestesia. 

Os antibióticos são usados caso a caso e em dose única imediatamente antes da cirurgia começar.

Alguns pacientes que usam medicamentos necessitam de orientação personalizada de como proceder na véspera e no dia da cirurgia.

Individualizamos os exames pré-operatórios requeridos de acordo com idade e condições de saúde. Estes exames devem ser dos últimos seis meses e precisam ser trazidos no dia da cirurgia.

A cirurgia e a anestesia geralmente duram algumas horas. Reservamos sangue e UTI de forma rotineira e usamos somente quando necessário. 

Usamos injeção de anestésico local no final do procedimento para o melhor conforto na recuperação. 

O paciente necessitará alguns dias de interação a depender da cirurgia. Vai para a casa caminhando e com poucas restrições de dieta.

Geralmente será necessário o uso de drenos por alguns dias e normalmente são removidos durante a internação. 

Os curativos e os cuidados com os cortes são simples. Usamos pontos embaixo da pele que não serão removidos.

Cuidados em casa após a cirurgia de cisto no pâncreas

A cobertura de plástico dos cortes da laparoscopia ou robótica pode ser removida ao chegar em casa, geralmente no primeiro banho. Pequenos adesivinhos, chamados steristrips, cobrem cada um dos pequenos cortes. Perderão a cola e cairão em 2-3 semanas após a cirurgia.

O tempo esperado para recuperação em casa dependerá do tipo de cirurgia e dos cuidados iniciais no hospital. Recomendamos repouso relativo e uso de analgésicos simples em comprimidos nos dias iniciais.

O paciente não precisa de afastamento prolongado do trabalho ou restrição de suas atividades. Não existem restrições de movimento. Pode-se dirigir assim que não haja dor, inchaços ou desconfortos no local e não se use remédios.

É extremamente importante evitar esforços como levantar objetos pesados do chão ou carregar grandes pesos durante alguns dias após a realização desta cirurgia, para que a cicatrização seja adequada e a região operada possa suportar maior esforço.

A quantidade de tempo sem atividade física varia caso a caso, a depender da técnica cirúrgica utilizada, da intensidade e tipo de atividade física.

Também não há necessidade de manter uma dieta específica para o pós-operatório da cirurgia de cisto pâncreas.

Após o procedimento cirúrgico manteremos contato constantemente (presencial e online). 

Teremos encontros agendados para entender sua recuperação, examinar os cortes e avaliar o progresso até que você esteja sem dor e sem medicação, com cicatrização avançada,  de volta a todas as suas atividades e com resultado final da cirurgia definido (com laudo definitivo da biopsia).

Dr. Paolo Salvalaggio

Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM: 143.673-SP

O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.

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