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Colecistectomia: quando a cirurgia da vesícula é indicada?

Atualizado em: 06/06/2025
Cirurgião com máscara, touca e roupas esterilizadas em centro cirúrgico, pronto para iniciar um procedimento médico.

A colecistectomia é a cirurgia para retirada da vesícula biliar, geralmente indicada quando há complicações como dores, inflamações ou pedras na vesícula. Entender os sintomas, os riscos de não operar e como é a recuperação após o procedimento é essencial para quem enfrenta esse problema. Entenda mais sobre esse assunto!

A colecistectomia é a cirurgia indicada para remoção da vesícula biliar, geralmente devido à presença de cálculos biliares, que podem causar dores, inflamações e complicações sérias. 

Quando esses cálculos geram crises de dor, inflamações (colecistite) ou outros problemas, a cirurgia se torna necessária. 

Neste artigo, abordaremos quais são os sinais e sintomas que indicam a necessidade da cirurgia, quais os riscos de não realizar a colecistectomia e como é o procedimento, recuperação e qualidade de vida após a cirurgia. Leia até o final e saiba mais!

Quais são os sinais e sintomas que indicam a necessidade da cirurgia

A colecistectomia costuma ser indicada quando há sintomas causados pelos cálculos na vesícula biliar, além de complicações associadas. Os sinais mais comuns que levam à indicação da cirurgia incluem:

  • Dor intensa no lado superior direito do abdômen, especialmente após refeições gordurosas;
  • Náuseas e vômitos frequentes;
  • Inchaço abdominal e má digestão;
  • Crises de dor que podem irradiar para as costas ou ombro direito.

Além dos sintomas clássicos, existem situações em que a cirurgia se torna urgente, como nos casos de:

  • Colecistite (inflamação aguda da vesícula);
  • Pancreatite biliar (inflamação no pâncreas causada por cálculo);
  • Colangite (infecção das vias biliares).

Mesmo pessoas sem sintomas podem ser orientadas a fazer a cirurgia de forma preventiva, principalmente quando há risco de complicações futuras, como em pacientes com cálculos grandes, pólipos na vesícula ou anormalidades anatômicas. 

É fundamental consultar um especialista para avaliar o quadro clínico, histórico de crises e exames de imagem, como ultrassom abdominal, que ajudam a definir a necessidade da cirurgia. 

Quais os riscos de não realizar a colecistectomia quando indicada

Adiar ou recusar a colecistectomia quando ela é indicada pode trazer sérias consequências para a saúde. As principais complicações que podem surgir incluem:

  • Colecistite aguda, que é a inflamação da vesícula, podendo levar a infecções graves e até à necessidade de cirurgia de emergência;
  • Pancreatite biliar, quando um cálculo obstrui o ducto que liga a vesícula ao pâncreas, gerando inflamação do pâncreas, condição grave;
  • Colangite, uma infecção das vias biliares que pode evoluir para septicemia (infecção generalizada);
  • Perfuração da vesícula, levando ao desenvolvimento de peritonite, uma infecção grave do abdômen.

Além disso, a recorrência das crises de dor impacta diretamente a qualidade de vida, comprometendo atividades diárias, alimentação e bem-estar emocional.

Nos casos em que a cirurgia é postergada, há também o risco de a inflamação crônica levar ao espessamento da parede da vesícula e até formação de fístulas biliares, que são comunicações anormais com outros órgãos. 

Portanto, a recomendação médica deve ser levada a sério, uma vez que a colecistectomia programada é muito mais segura do que uma cirurgia de emergência, que traz maiores riscos e complicações.

Como é o procedimento, recuperação e qualidade de vida após a cirurgia

A colecistectomia é, atualmente, realizada na grande maioria dos casos por videolaparoscopia, uma técnica minimamente invasiva. O procedimento consiste em:

  • Realizar de 3 a 4 pequenas incisões no abdômen
  • Inserir uma microcâmera e instrumentos cirúrgicos
  • Remover a vesícula biliar com segurança

A cirurgia dura, em média, de 40 minutos a 1 hora e o paciente geralmente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte.

A recuperação costuma ser rápida, com retorno às atividades leves em 7 a 10 dias e atividades mais intensas em cerca de 3 a 4 semanas. Durante os primeiros dias, podem ocorrer:

  • Desconforto abdominal leve
  • Gases e sensação de inchaço
  • Alterações intestinais transitórias

Em relação à qualidade de vida, a maioria das pessoas não sente falta da vesícula. O fígado continua produzindo bile normalmente, que passa a ser liberada diretamente no intestino. 

Adotar uma alimentação equilibrada, com menos gordura, pode ajudar no processo de adaptação, embora, na maioria dos casos, o paciente volte a se alimentar normalmente após algumas semanas. 

A colecistectomia oferece uma solução definitiva, melhorando a qualidade de vida e prevenindo complicações futuras.

Dr. Paolo Salvalaggio

Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM: 143.673-SP

O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.