Agende sua consulta

Esteatose hepática: quem tem mais risco de desenvolver?

Atualizado em: 06/06/2025
Homem com expressão de dor segurando a lateral do abdômen, com ilustração de um fígado sobreposta à região do corpo.

A esteatose hepática afeta milhões de pessoas no mundo e está ligada a hábitos de vida e condições de saúde comuns. Saber quem corre mais risco e o que pode ser feito para evitar o problema é essencial para preservar a saúde do fígado. Entenda mais sobre esse assunto!

A esteatose hepática, conhecida como fígado gorduroso, é uma condição em que há acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. É um problema cada vez mais comum, especialmente devido ao aumento dos casos de obesidade, sedentarismo e má alimentação. 

Embora muitas vezes assintomática, pode evoluir para inflamações e danos hepáticos mais graves se não for controlada.

Neste artigo, abordaremos o que é a esteatose hepática e suas principais causas, os fatores que aumentam o risco de desenvolvê-la e como é possível prevenir a condição e proteger o fígado. Leia até o final e saiba mais!

O que é esteatose hepática e quais são suas causas mais comuns

A esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado, o que compromete suas funções e, em casos mais avançados, pode levar a inflamação, fibrose e até cirrose. 

Existem dois tipos principais: a esteatose hepática alcoólica, relacionada ao consumo excessivo de álcool, e a esteatose hepática não alcoólica (EHNA), mais comum e associada a outros fatores metabólicos.

Entre as principais causas da esteatose hepática estão:

  • Obesidade e sobrepeso
  • Resistência à insulina e diabetes tipo 2
  • Dieta rica em gorduras saturadas e açúcares
  • Sedentarismo
  • Dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos elevados)
  • Uso prolongado de alguns medicamentos

Apesar de ser considerada uma condição “silenciosa”, a esteatose pode progredir se não for tratada. A detecção geralmente é feita por exames de imagem, como ultrassonografia abdominal, e confirmada por testes laboratoriais e, em alguns casos, biópsia hepática.

É fundamental compreender as causas para adotar medidas preventivas e evitar a progressão da doença. 

Embora seja comum, especialmente em adultos acima dos 40 anos, a esteatose hepática pode ser revertida com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico adequado.

Principais fatores de risco: quem está mais propenso a desenvolver a condição

Nem todas as pessoas desenvolvem esteatose hepática, mesmo diante de uma alimentação inadequada. No entanto, certos fatores aumentam significativamente o risco de acúmulo de gordura no fígado, especialmente quando associados.

Os principais fatores de risco incluem:

  • Obesidade, especialmente com acúmulo de gordura abdominal
  • Diabetes tipo 2 e resistência à insulina
  • Colesterol alto e triglicerídeos elevados
  • Síndrome metabólica (conjunto de fatores que incluem pressão alta, obesidade, glicemia alterada e dislipidemia)
  • Uso frequente de bebidas alcoólicas (mesmo em quantidade moderada)
  • Sedentarismo e estilo de vida pouco ativo
  • Uso prolongado de medicamentos como corticoides, tamoxifeno e metotrexato

Além disso, pessoas com histórico familiar de doenças hepáticas ou com outras doenças crônicas têm maior risco de desenvolver esteatose hepática.

Mulheres na pós-menopausa e indivíduos com distúrbios hormonais também podem apresentar maior predisposição. 

Vale destacar que, embora mais comum em adultos, a esteatose também tem sido diagnosticada em adolescentes e jovens com hábitos alimentares ruins e pouca atividade física.

Como prevenir a esteatose hepática e reduzir os riscos associados

A boa notícia sobre a esteatose hepática é que, na maioria dos casos, ela pode ser evitada ou revertida com mudanças no estilo de vida. A prevenção passa principalmente por manter hábitos saudáveis e controlar condições que favorecem o acúmulo de gordura no fígado.

Medidas preventivas eficazes incluem:

  • Manter um peso corporal saudável por meio de alimentação equilibrada e atividade física regular
  • Reduzir o consumo de alimentos processados, gordurosos e ricos em açúcar
  • Praticar exercícios aeróbicos ao menos 150 minutos por semana
  • Controlar doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto
  • Evitar o consumo excessivo de álcool
  • Realizar exames de rotina para avaliação hepática

Em pessoas já diagnosticadas com esteatose, a adesão a essas orientações pode não apenas estabilizar o quadro, mas também reverter o acúmulo de gordura. 

Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário para tratar comorbidades associadas, como diabetes e dislipidemia, mas não existem remédios específicos exclusivamente para esteatose hepática.

A educação em saúde, o acompanhamento com um cirurgião do aparelho digestivo e a mudança de hábitos são as principais armas contra a progressão da doença. 

Agir cedo é a melhor forma de preservar a função hepática e garantir qualidade de vida no longo prazo.

Saiba mais: Quais os pilares do tratamento inicial da esteatose hepática?

Dr. Paolo Salvalaggio

Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM: 143.673-SP

O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.