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Quais são os sintomas mais comuns do cisto hepático?

Atualizado em: 18/06/2025
Ilustração médica do corpo humano com destaque para o fígado em rosa, evidenciando a presença de um cisto hepático em tom mais escuro.

O cisto hepático é uma alteração relativamente comum, muitas vezes descoberta de forma acidental. Apesar de ser, na maioria dos casos, assintomático, ele pode gerar desconfortos quando cresce muito. Entender suas causas, os principais sintomas e quando buscar tratamento. Entenda mais sobre esse assunto!

O cisto hepático é uma formação cheia de líquido que se desenvolve no fígado. Na maioria das vezes, esses cistos são benignos, assintomáticos e descobertos por acaso em exames de imagem, como ultrassom ou tomografia. 

Estima-se que até 5% da população apresente algum tipo de cisto hepático ao longo da vida, sendo mais comum em mulheres. Apesar de geralmente não oferecer riscos, quando o cisto atinge grandes dimensões ou se torna complicado, pode gerar desconforto e sintomas. 

Neste artigo, abordaremos o que é cisto hepático e quais são suas causas mais comuns, os sintomas mais comuns do cisto hepático e quando se preocupar e quando é necessário tratamento e quais as opções disponíveis. Leia até o final e saiba mais!

O que é cisto hepático e quais são suas causas mais comuns

O cisto hepático é uma cavidade cheia de líquido que se forma no tecido do fígado. Geralmente, é uma alteração benigna e sem risco à saúde. 

A maioria dos cistos hepáticos são chamados de cistos simples, ou seja, não estão associados a infecções, tumores ou outras doenças.

As causas mais comuns dos cistos hepáticos incluem:

  • Alterações congênitas, presentes desde o nascimento;
  • Fatores genéticos, como na doença policística hepática, que é rara;
  • Infecções parasitárias, como o cisto hidático (causado pelo parasita Echinococcus);
  • Trauma ou lesões no fígado, que podem gerar cistos biliares.

Em sua grande maioria, os cistos simples não causam sintomas e não evoluem para câncer. Já os cistos parasitários ou complexos precisam de avaliação e acompanhamento, pois podem gerar complicações.

Essas estruturas são frequentemente descobertas de forma incidental, durante exames solicitados por outros motivos. A confirmação é feita, na maioria dos casos, por ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. 

Quando o cisto é simples e pequeno, geralmente não há necessidade de intervenção, apenas acompanhamento médico regular para monitorar seu tamanho e possíveis alterações.

Sintomas mais comuns do cisto hepático e quando se preocupar

Na maioria dos casos, o cisto hepático é assintomático e não provoca nenhum desconforto. Contudo, quando o cisto cresce muito ou sofre alguma complicação, alguns sintomas podem surgir.

Os principais sintomas associados ao cisto hepático são:

  • Desconforto ou dor na região superior direita do abdômen;
  • Sensação de estufamento ou pressão abdominal;
  • Náuseas ocasionais;
  • Perda de apetite;
  • Inchaço abdominal visível, em casos de cistos muito grandes.

Sinais de alerta, que indicam a necessidade de procurar um médico, incluem:

  • Dor intensa e súbita;
  • Febre, que pode indicar infecção do cisto;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados), quando o cisto comprime as vias biliares;
  • Aumento rápido do volume abdominal.

Quando surgem esses sintomas, é essencial realizar exames de imagem para avaliar o tamanho do cisto, suas características (se é simples ou complexo) e se há sinais de complicação.

É importante destacar que, na maioria dos casos, o desconforto é leve e surge apenas quando o cisto atinge dimensões superiores a 5 cm. O acompanhamento médico é fundamental para avaliar a evolução e definir se há necessidade de intervenção.

Quando é necessário tratamento e quais as opções disponíveis

O tratamento do cisto hepático depende principalmente do tamanho, dos sintomas e do tipo de cisto identificado. Na maioria dos casos, cistos simples e assintomáticos não requerem intervenção, apenas acompanhamento periódico com exames de imagem.

O tratamento é indicado nos seguintes casos:

  • Cistos maiores que 5 a 7 cm que causam sintomas;
  • Presença de complicações, como infecção, sangramento ou compressão de estruturas;
  • Cistos de origem parasitária, como o cisto hidático;
  • Cistos complexos, com características suspeitas.

As principais opções de tratamento incluem:

  • Punção e drenagem guiada por imagem, indicada em casos específicos, mas com risco de recorrência;
  • Cirurgia laparoscópica para remoção do cisto, quando há desconforto, complicações ou riscos;
  • Tratamento medicamentoso complementar no caso de cistos parasitários.

Após a remoção cirúrgica, a recuperação costuma ser rápida, especialmente quando realizada por videolaparoscopia. A maioria dos pacientes retorna às suas atividades normais em poucas semanas.

É importante ressaltar que cistos simples não evoluem para câncer. O acompanhamento regular com um cirurgião especializado garante a tranquilidade e a segurança no manejo dessa condição, prevenindo complicações e preservando a saúde do fígado.

Dr. Paolo Salvalaggio

Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM: 143.673-SP

O Dr. Paolo Salvalaggio é Mestre e Doutor em Cirurgia. Realizou Pós-doutorado e Fellow nos Estados Unidos. É Especialista em Cirurgia Digestiva, Videocirurgia e Cirurgia Robótica. Atua há mais de 25 anos como cirurgião do aparelho digestivo. Concentra Atuação no Tratamento de Hérnias da parede abdominal, Refluxo Gastroesofageano e dos problemas do Fígado, Pâncreas e Vias Biliares.